16 de março de 2008

Fim de Ana na Farggi

Estamos a chegar à Páscoa e eu deixei a Farggi. Resolvi desistir. O trabalho estava a aumentar e eu também já estava a fazer horas a mais. Demasiadas horas a mais para continuar a aguentar...
Resolvi deixar. Estou de férias até ao fim do mês e aí acabam-se 6 meses de Farggi.
Vou ter que procurar outro emprego.
Até lá... aproveito para tirar o resto da carta. Sim. Porque já tenho o código.

18 de fevereiro de 2008

Agora

Chegamos agora ao presente da minha vida. À actualidade da minha vida fantástica (ui) cof cof...
Enfim... podia estar pior, suponho.
Continuo empregada na Farggi. Eu gosto daquilo. Não sei bem porquê, mas gosto.
Ando a tirar a carta, tentando "comprar" um bocadinho de independência e tal...
Mas... "mas"! tinha que haver um "mas", senão uns quantos. Não sei o que fazer nem o que faço da minha vida. Chama-se a isto vida? A que é que se resume esta coisa a que normalmente se chama vida? Falo da vida da minha pessoa, claro.
Actualmente resumo o meu quotidiano a um intercâmbio casa/trabalho, trabalho/casa, com umas passagens moderadas por umas aulas de condução e uma vez por outra dando uma escapadinha pela noite. Fins de semana? Uns diazinhos de descanso? Não! Isso é mentira! Saídas nocturnas? Só nos pós laboral, às sextas e/ou sábados, depois da 1h e tal, com o trabalho acabado; se já estou cansada demais, esquece lá isso que fica para a próxima!
Sinto que não tenho vida própria! São 6 dias na semana, a trabalhar todas as tardes e todas as noites. Excluindo as 2ªs feiras (que são um dia de merda em que não se faz nada de jeito) não sei o que é ter uma tarde para curtir à grande, o que é ter uma noite para dar um giro com o pessoal, o que é ter um fim de semana para cavar daqui para fora!!?
Pois. Já não sei se estou mal, ou se estou farta de estar bem... Sei sim é que o Verão se aproxima e que já está a 4 meses no nosso "agora". Sei que à sua entrada e estadia, a realidade vai mudar, vai piorar. O trabalho vai aumentar, as horas a mais também, permanecendo as tardes e noites em 6 dias semanais, sem noites livres, sem tardes livres, sem fins de semana, apenas com as 2ªs feiras! Não sei se quero passar um Verão assim. Sei que isto ainda não passa de pensamentos meus, apenas fundados naquilo que sei que foi o último Verão lá na Farggi (ainda eu lá não estava), mas suponho e creio que este pelo menos melhor não vai ser. Não sei se quero lá estar quando o Verão chegar...

9 de fevereiro de 2008

Farggi

Acabado o contrato com o Intermarché, comecei a trabalhar na Farggi. Uma geladaria mesmo ao pé da Ribeira.
Um trabalho completamente diferente.
Serviço de cafetaria, cafetaria caprichada, gelados, gelados em taças, gofres, crepes e mais. Nada que eu soubesse já fazer, mas nada também que eu não pudesse aprender.
Eu vinha de um trabalho onde não se podia falar sem medir palavras, onde não se podia confiar em toda a gente, onde confianças a mais não podiam acabar bem. Entrei ali, agora na Farggi, onde patrão parecia colega, onde o ambiente não podia ter comparação, onde clientes são simpáticos e se nos afeiçoam. O trabalho ia-se aprendendo, tudo entrava nos eixos.
É lá que estou agora. Trabalho lá, já quatro meses vão completos.
Gosto daquele trabalho. Por vezes cansativo, em épocas de maior movimento, mas até que mais um Verão chegue, essas alturas são passageiras, Natal, Carnaval, depois Páscoa...
Gosto do trabalho que faço. Gosto das ajudas que por lá tenho de vez em quando. Também adoro todo aquele pessoal que por lá anda, as antigas empregadas da Farggi que agora lá fazem umas horas quando calha, o Vítor, adoro toda aquela gente que me recebeu. Sei que vou ter pena quando sair de lá, mas também ainda não sei até quando lá vou ficar. Veremos como será quando chegar o Verão.

7 de fevereiro de 2008

1º Trabalho

Quando terminei o secundário, a vontade de continuar a estudar era muito pouca, senão mesmo nenhuma... Estava farta de aulas, farta de prof's, farta de tudo aquilo que dava trabalho, tanto na escola como em casa, e que poucas horas deixava para mais. Não me apetecia continuar a maçar-me, para um grau crescente de trabalhos. Universidade? Tornar-me universitária? Não. Não me parecia. Quem? Eu? Não!
Não me apetecia e não quis.
Segui em frente com as minhas convicções. Queria parar os estudos, de uma forma não definitiva, mas por uns tempos. Um ano talvez... dois, vá... sabia lá!?
Tinha acabado de terminar um Curso Tecnológico de Administração que dava a equivalência do 12º ano. Mal terminei o meu estágio de final de curso, férias de Verão, comecei a trabalhar. Um trabalho de Verão, contrato para três meses, depois logo se veria. Cumpri as minhas tarefas de empregada de reposição no Intermarché aqui de Peniche.
Não posso dizer que não gostei. Na altura fez-se bem.
Conheci alguns novos amigos, aprendi as partes menos boas de um trabalho onde muita gente trabalha. Pude contar com grandes amigos que lá conheci e a deixar para trás tudo aquilo que não interessava e em nada ajudava.
Os três meses chegaram ao fim, o Verão acabou. O trabalho no supermercado também terminou.

5 de fevereiro de 2008

Na Alfândega

O meu estágio de final de curso. Dependia dele para terminar o secundário. era essa uma das exigências do meu curso.
Foi na Alfândega de Peniche. Entrei lá pela primeira vez no dia em que o estágio começou. Fui bem recebida, o ambiente era bom. Gostei do primeiro impacto.
Foram quase três meses, a cumprir aquelas horas que ditavam o fim de três anos da minha vida, o final do meu secundário.
Aprendi lá muito, por cada gabinete que passe, por cada secção, em cada tipo área de actuação alfandegária.
Conheci muita gente lá. Pessoas que me ajudaram e que me ensinaram.
Pessoas que gostei de conhecer e que considero amigas.
Foram três meses que me ensinaram na prática, tudo aquilo que o meu curso pretendia ensinar teoricamente.

4 de fevereiro de 2008

AVC

O acidente vascular cerebral (AVC), ou Acidente vascular encefálico (AVE), vulgarmente chamado de "derrame cerebral", é caracterizado pela interrupção da irrigação sanguínea das estruturas do encéfalo, ou seja, ocorre quando o sangue que sustenta o cérebro com oxigénio e glicose deixa de atingir a região, ocasionando a perda da funcionalidade dos neurónios. É uma doença de início súbito...

Foi em Maio de 2006. Logo de manhã. Era dia de aulas e, àquela hora, só o meu ainda se havia levantado. Foi com o barulho da queda dele na casa de banho que todos nós cá em casa nos levantámos também.
Ele tinha caído, teve um AVC. Paralisou-lhe o lado direito do corpo e afectou-lhe a fala.
Veio uma ambulância buscá-lo e, depois de ser assistido na urgência aqui de Peniche, foi transferido para S.ta Maria, onde ficou internado alguns dias.
Recuperou bastante bem para as expectativas (que depois de uma situação daquelas nunca são as melhores), mas o episódio não deixa, de maneira nenhuma, de ter sido marcante nas vidas da nossa família. Não voltou exactamente ao que era antes, mas também não se pode queixar.

2 de fevereiro de 2008

O secundário

Pois. Também já ultrapassei três anos de secundário. Podem mesmo ter sido três dos melhores anos da minha vida.
A Escola Secundária de Peniche.
Aquela escola por onde tive orgulho de passar. Gostei. Muito, mesmo.
Nunca fui uma "grande aluna", nunca "gostei", propriamente, de estudar... mas sempre soube, que um dos primeiros grandes objectivos da minha vida era, precisamente, tirar o 12º ano. Consegui.
Para isso vivi três anos de secundária. Conheci muita gente. Tive uma turma, outra turma se nos juntou. Juntaram-se as terrinhas do concelho. Conheci colegas que já não posso esquecer, que adoro. Todos aqueles que viveram comigo aqueles três anos. Todos aqueles que agora raramente vejo, ou porque agora foram para a universidade, ou porque moram em alguma outra "terreca" por aí à volta... enfim.
Sei que foram três anos inapagáveis da minha vida e que muito contribuíram para aaquilo que hoje sou e penso.
Agora não estou na escola, mas também não me arrependo. Se um dia quiser, volto. Enquanto não quiser, vou seguindo a minha vida, orientando-me pelas lições do passado e que também o futuro me trará.

30 de janeiro de 2008

Friends

Pois é. E sem eles? Como seria?
O que seria da vida sem os Amigos?
Foram aparecendo. Vieram entrando na minha vida, aconchegando-se, instalando-se para ficar.
Falo daqueles grandes de sempre, daqueles que sabem estar presentes, daqueles que ouvem e se fazem ouvir. Falo dos bons, falo dos best's.
São eles. Aqueles que um dia apareceram, alguns que deixaram, outros que ficaram, e permanecem.
São aqueles que entram no coração de armas e bagagens, e lá montam a tenda. E ainda se dão ao luxo de nos fazer lá pôr uma placa de 'arrendado para sempre'.
São os grandes amigos.
Aquela Jú! Agora chamo-lhe assim. Já lá vai o tempo em que só lhe chamava Rita. Às vezes também lhe chamo mesmo Joana. De todas é a que conheço há mais tempo. Fomos juntas para a primária e completámos juntas o básico. Fomos para a a secundária, e mesmo seguindo caminhos diferentes, a amizade perdura.
A Carol 'apareceu' mais ou menos nessa altura. Estava na turma da Jú. O grupo estava a formar-se.
Vai não vai, junta-se a Laura. da mesma turma delas. Laurita, Laurita. A 'nha manita que me compreende!!
São as minha três manas.
Não consigo esquecer também aqueles belos momentos passados com o resto do pessoal das minhas turmas de secundário. Steph e Jô, Nando e João R., o grande Diogo de Reinaldes, o Dioguinho, o Paulo e o Fred!! Toda aquela gente doida que, embora agora à distância, jamais posso esquecer.
São os amigos que fazem da vida aquele jogo que apetece viver.
A todos eu agradeço, simplesmente por existirem!
Não falei de todos, mas de alguns ainda é cedo para o fazer.

28 de janeiro de 2008

Mano!

E saberás, por acaso, mano?
Como é bom, ter um irmãozinho como tu??
Eu adoro o meu irmão!!!
Adoro-te David!!!
Sabias?

25 de janeiro de 2008

>>> MANA...

<<< ...................................................saberás por acaso <<< ...................................................eu queria saber <<< ...................................................porque eu gosto tanto <<< ...................................................de uma irmã assim ter? <<< ...................................................então se tu queres <<< ...................................................eu posso explicar <<< ...................................................e por nada neste mundo <<< ...................................................nem que fosse um só dia <<< ...................................................jamais quereria <<< ...................................................por um breve segundo <<< ...................................................de ti me separar. <<< ...................................................e tudo isto... porquê? <<< ...................................................saberás a razão? <<< ...................................................és sangue do meu sangue <<< ...................................................e o teu coração sente aquilo <<< ...................................................que também sente <<< ...................................................o do teu 'pequeno' irmão. <<< ...................................................que seja sempre assim <<< ...................................................por toda a nossa vida <<< ...................................................eu p'ra ti e tu p'ra mim <<< ...................................................a minha mana querida! <<< ...................................................<<< <<< <<< <<< ............................... [David Martins]

17 de janeiro de 2008

Mais uns aninhos

Passando o tempo, crescendo no tamanho, aumentando na idade, os anos foram passando.
Os meus pais deram-me um irmão. Um David quando eu tinha cinco anos. Nasceu o meu miúdo, o meu piolhito. Aquele miúdo que adoro, que me arrelia e que eu gosto de maçar. Aquele puto por quem posso fazer tudo.
Com seis anos entrei na escola primária, mesmo a meia dúzia de paços de casa, e começei a usar óculos.
Vivi, cresci, apendi.
Passei por momentos fáceis e bons, ultrapassei dificuldades e situações menos boas.
Senti a falta da minha mãe quando ela teve que apoiar o meu irmão em situações bastante complicadas. Vivi o atraso de fala do meu irmão, que agora está totalmente ultrapassado...
Fui crescendo.
Completei o básico.
Fui sempre uma miúda calma. Com todos os meus devaneios, claro, mas uma miúda calma e pacata.
A vida trás sempre muitas contrariedades, mas todas se vão ultrapassando.
É a aprender com a vida que se cresce e o tempo vai passando.

12 de janeiro de 2008

E fui crescendo

Nasci e entrei numa família. Era a primeira filha de um jovem casal que ainda estava a organizar as suas vidas.
Na altura viviam numa peuqena csa que só para eles chegava enqunato esperavam, pacientemente, o fim da construção daquela onde queriam viver. Esperavam por que tivesse acabada para lá poderem viver comigo. Mas eu cheguei mais cedo. Então fomos os três, sim já éramos três, viver para casa dos meus avós, os pais da minha mãe. E foi lá que vivi o meu primeiro ano de vida, saltando de colo em colo, da cama de ums para a cama de outros, birra aqui, porrenga ali, fraldas para aqui, biberãos pra acolá... até que, finalmente, o apartamento estava pronto e nos mudámos.
A vida começava a organizar-se. O meu pai trabalhava por conta própria, tendo uma oficina de aluminios, fazia portas, janelas, marquises e coisas do género. A minha mãe ocupava-se da minha pessoa e dos restos.
Cresci normal, no meuio de uma família normal. (suponho... "normal" é muito relativo)
Cresci. Cresceram-me dentes. Comecei a andar. Palrrei as primeiras palavras.
Fiz dois anos, três, por aí fora... etc. etc. etc.

6 de janeiro de 2008

Foi o início

Sim. Naquele dia eu nasci.
Era quinta feira e a minha mãe cumpria um sonho, um sonho que não era só dela, um sonho que se concretizava - EU
É engraçado pensar que realizei o sonho de alguém de uma forma tão simples quanto nascer... Sei que sou especial para eles.
A minha mãe passou a ser mãe, o meu pai tornou-se pai.
Sou a filha deles, (agora já tenho um irmão, mas esse chegou depois, passados uns aninhos) chamaram-se Catarina, Ana Catarina.

2 de janeiro de 2008

>>> Minha Filha

<<< ...................................................Com um C de carinho <<< ...................................................E um A de amor <<< ...................................................Dei à luz naquele dia <<< ...................................................A mais bela e linda flor! <<< ...................................................Com um T de ternura <<< ...................................................E um A de Alegria <<< ...................................................Realizei o grande sonho <<< ...................................................Aquele que tanto queria! <<< ...................................................Com um R eu ri! <<< ...................................................Ri e chorei também <<< ...................................................Mas era de felicidade <<< ...................................................Afinal já era Mãe!!! <<< ...................................................Com o I de ideal <<< ...................................................E o N de natureza <<< ...................................................Dei à luz A minha filha <<< ...................................................Fonte da minha riqueza! <<< ...................................................<<< <<< <<< <<< ............................... [Isabel Dias]