18 de fevereiro de 2008

Agora

Chegamos agora ao presente da minha vida. À actualidade da minha vida fantástica (ui) cof cof...
Enfim... podia estar pior, suponho.
Continuo empregada na Farggi. Eu gosto daquilo. Não sei bem porquê, mas gosto.
Ando a tirar a carta, tentando "comprar" um bocadinho de independência e tal...
Mas... "mas"! tinha que haver um "mas", senão uns quantos. Não sei o que fazer nem o que faço da minha vida. Chama-se a isto vida? A que é que se resume esta coisa a que normalmente se chama vida? Falo da vida da minha pessoa, claro.
Actualmente resumo o meu quotidiano a um intercâmbio casa/trabalho, trabalho/casa, com umas passagens moderadas por umas aulas de condução e uma vez por outra dando uma escapadinha pela noite. Fins de semana? Uns diazinhos de descanso? Não! Isso é mentira! Saídas nocturnas? Só nos pós laboral, às sextas e/ou sábados, depois da 1h e tal, com o trabalho acabado; se já estou cansada demais, esquece lá isso que fica para a próxima!
Sinto que não tenho vida própria! São 6 dias na semana, a trabalhar todas as tardes e todas as noites. Excluindo as 2ªs feiras (que são um dia de merda em que não se faz nada de jeito) não sei o que é ter uma tarde para curtir à grande, o que é ter uma noite para dar um giro com o pessoal, o que é ter um fim de semana para cavar daqui para fora!!?
Pois. Já não sei se estou mal, ou se estou farta de estar bem... Sei sim é que o Verão se aproxima e que já está a 4 meses no nosso "agora". Sei que à sua entrada e estadia, a realidade vai mudar, vai piorar. O trabalho vai aumentar, as horas a mais também, permanecendo as tardes e noites em 6 dias semanais, sem noites livres, sem tardes livres, sem fins de semana, apenas com as 2ªs feiras! Não sei se quero passar um Verão assim. Sei que isto ainda não passa de pensamentos meus, apenas fundados naquilo que sei que foi o último Verão lá na Farggi (ainda eu lá não estava), mas suponho e creio que este pelo menos melhor não vai ser. Não sei se quero lá estar quando o Verão chegar...

9 de fevereiro de 2008

Farggi

Acabado o contrato com o Intermarché, comecei a trabalhar na Farggi. Uma geladaria mesmo ao pé da Ribeira.
Um trabalho completamente diferente.
Serviço de cafetaria, cafetaria caprichada, gelados, gelados em taças, gofres, crepes e mais. Nada que eu soubesse já fazer, mas nada também que eu não pudesse aprender.
Eu vinha de um trabalho onde não se podia falar sem medir palavras, onde não se podia confiar em toda a gente, onde confianças a mais não podiam acabar bem. Entrei ali, agora na Farggi, onde patrão parecia colega, onde o ambiente não podia ter comparação, onde clientes são simpáticos e se nos afeiçoam. O trabalho ia-se aprendendo, tudo entrava nos eixos.
É lá que estou agora. Trabalho lá, já quatro meses vão completos.
Gosto daquele trabalho. Por vezes cansativo, em épocas de maior movimento, mas até que mais um Verão chegue, essas alturas são passageiras, Natal, Carnaval, depois Páscoa...
Gosto do trabalho que faço. Gosto das ajudas que por lá tenho de vez em quando. Também adoro todo aquele pessoal que por lá anda, as antigas empregadas da Farggi que agora lá fazem umas horas quando calha, o Vítor, adoro toda aquela gente que me recebeu. Sei que vou ter pena quando sair de lá, mas também ainda não sei até quando lá vou ficar. Veremos como será quando chegar o Verão.

7 de fevereiro de 2008

1º Trabalho

Quando terminei o secundário, a vontade de continuar a estudar era muito pouca, senão mesmo nenhuma... Estava farta de aulas, farta de prof's, farta de tudo aquilo que dava trabalho, tanto na escola como em casa, e que poucas horas deixava para mais. Não me apetecia continuar a maçar-me, para um grau crescente de trabalhos. Universidade? Tornar-me universitária? Não. Não me parecia. Quem? Eu? Não!
Não me apetecia e não quis.
Segui em frente com as minhas convicções. Queria parar os estudos, de uma forma não definitiva, mas por uns tempos. Um ano talvez... dois, vá... sabia lá!?
Tinha acabado de terminar um Curso Tecnológico de Administração que dava a equivalência do 12º ano. Mal terminei o meu estágio de final de curso, férias de Verão, comecei a trabalhar. Um trabalho de Verão, contrato para três meses, depois logo se veria. Cumpri as minhas tarefas de empregada de reposição no Intermarché aqui de Peniche.
Não posso dizer que não gostei. Na altura fez-se bem.
Conheci alguns novos amigos, aprendi as partes menos boas de um trabalho onde muita gente trabalha. Pude contar com grandes amigos que lá conheci e a deixar para trás tudo aquilo que não interessava e em nada ajudava.
Os três meses chegaram ao fim, o Verão acabou. O trabalho no supermercado também terminou.

5 de fevereiro de 2008

Na Alfândega

O meu estágio de final de curso. Dependia dele para terminar o secundário. era essa uma das exigências do meu curso.
Foi na Alfândega de Peniche. Entrei lá pela primeira vez no dia em que o estágio começou. Fui bem recebida, o ambiente era bom. Gostei do primeiro impacto.
Foram quase três meses, a cumprir aquelas horas que ditavam o fim de três anos da minha vida, o final do meu secundário.
Aprendi lá muito, por cada gabinete que passe, por cada secção, em cada tipo área de actuação alfandegária.
Conheci muita gente lá. Pessoas que me ajudaram e que me ensinaram.
Pessoas que gostei de conhecer e que considero amigas.
Foram três meses que me ensinaram na prática, tudo aquilo que o meu curso pretendia ensinar teoricamente.

4 de fevereiro de 2008

AVC

O acidente vascular cerebral (AVC), ou Acidente vascular encefálico (AVE), vulgarmente chamado de "derrame cerebral", é caracterizado pela interrupção da irrigação sanguínea das estruturas do encéfalo, ou seja, ocorre quando o sangue que sustenta o cérebro com oxigénio e glicose deixa de atingir a região, ocasionando a perda da funcionalidade dos neurónios. É uma doença de início súbito...

Foi em Maio de 2006. Logo de manhã. Era dia de aulas e, àquela hora, só o meu ainda se havia levantado. Foi com o barulho da queda dele na casa de banho que todos nós cá em casa nos levantámos também.
Ele tinha caído, teve um AVC. Paralisou-lhe o lado direito do corpo e afectou-lhe a fala.
Veio uma ambulância buscá-lo e, depois de ser assistido na urgência aqui de Peniche, foi transferido para S.ta Maria, onde ficou internado alguns dias.
Recuperou bastante bem para as expectativas (que depois de uma situação daquelas nunca são as melhores), mas o episódio não deixa, de maneira nenhuma, de ter sido marcante nas vidas da nossa família. Não voltou exactamente ao que era antes, mas também não se pode queixar.

2 de fevereiro de 2008

O secundário

Pois. Também já ultrapassei três anos de secundário. Podem mesmo ter sido três dos melhores anos da minha vida.
A Escola Secundária de Peniche.
Aquela escola por onde tive orgulho de passar. Gostei. Muito, mesmo.
Nunca fui uma "grande aluna", nunca "gostei", propriamente, de estudar... mas sempre soube, que um dos primeiros grandes objectivos da minha vida era, precisamente, tirar o 12º ano. Consegui.
Para isso vivi três anos de secundária. Conheci muita gente. Tive uma turma, outra turma se nos juntou. Juntaram-se as terrinhas do concelho. Conheci colegas que já não posso esquecer, que adoro. Todos aqueles que viveram comigo aqueles três anos. Todos aqueles que agora raramente vejo, ou porque agora foram para a universidade, ou porque moram em alguma outra "terreca" por aí à volta... enfim.
Sei que foram três anos inapagáveis da minha vida e que muito contribuíram para aaquilo que hoje sou e penso.
Agora não estou na escola, mas também não me arrependo. Se um dia quiser, volto. Enquanto não quiser, vou seguindo a minha vida, orientando-me pelas lições do passado e que também o futuro me trará.